O Colégio Bom Pastor é mantido pela Associação Maria Eufrásia Pelletier, representado pelas “Irmãs Religiosas da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor”.
Inicialmente o Colégio Bom Pastor era denominado como Escola Santa Maria Eufrásia e teve como sua mantenedora o Instituto Bom Pastor desde 16/07/1901, inicialmente instalada no Convento da Lapa e transferida para o endereço atual em Brotas, em 1957. A Escola é definida como uma sociedade civil filantrópica, de caráter cultural, que visava assistência social e educação integral para orientação de jovens carentes. Na estrutura atual, sua área é de 8.708,76 m², dispondo de 5.624,73 m² de espaço construído. Composta por três pavimentos de construção sólida.
Antes da inauguração da Escola Santa Maria Eufrásia, o Instituto Bom Pastor manteve um orfanato durante muitos anos, onde acolhia crianças, jovens e idosos. Também, nesta época, funcionava uma fábrica de macarrão e uma padaria e a renda auxiliava na manutenção das obras sócio-assistenciais do Instituto.
No início da década de 70, surgiram algumas dificuldades com as indústrias. Diante disso, a Congregação das Irmãs do Bom Pastor optou por criar uma escola, a partir da orientação dos padres vinculados à instituição, para continuar a manter as obras sociais do Instituto.
A Escola Santa Maria Eufrásia começou a funcionar como instituição escolar dedicada a Educação Infantil e foi ampliando os ciclos escolares progressivamente, durante muitos anos atendeu crianças e adolescentes até o 9º ano do Ensino Fundamental. Assim, surgiu à necessidade de expandir sua atuação e em 2001, foi implantado o Ensino Médio, oferecendo serviço educacional de qualidade, sendo reconhecido no bairro, pelo notável compromisso de toda a equipe da escola, buscando sempre atualização, renovação e envolvimento na prática pedagógica, atento às demandas da sociedade pós-moderna.
Esta escola se fortaleceu e se consolidou no setor educacional na comunidade do bairro de Brotas. Sua concepção filosófica “evangélico-libertadora” defendia a proposta “educar o homem comprometido com o mundo e com ele mesmo”, o que sustentou o respeito e a credibilidade no atendimento aos educandos e pais oriundos do próprio bairro e adjacências, sendo que uma grande parcela estuda desde a educação infantil até o final do ensino médio.
Santa Maria Eufrásia Pelletier nasceu a 31 de julho de 1796, na Ilha de Noirmoutier, próxima à costa da Branha – França, onde seus pais se haviam refugiado durante a contra-revolução da Vendéia. Era a última de oito filhos do piedoso e caritativo médico Juliano Pelletier e de Ana Amada Mourain. No Batismo, recebeu o nome de Rosa Virginia. Rosa ficava muito impressionada com a Fé profunda de seus pais em meio a terrível Revolução Francesa. Cresceu na atmosfera criada pelas histórias contadas sobre lutas heróicas do catolicismo da Vendéia contra os desmandos da Revolução Francesa, o que talvez explique em parte a sua fé robusta e conquistadora. Ela desfrutava das belezas de sua ilha-prisão, mas o viver numa família carinhosa não ocultava o lado sério da vida: traficantes de escravos na costa, morte inesperada do pai quando tinha 10 anos, ida para um internato fora da ilha e perda de sua mãe quando era uma jovenzinha. Educada pelas Irmãs Ursulinas de Chavagne, frequentou também o Instituto da Associação Cristã de Tours. Na escola de Tours, Rosa ouviu falar do Convento do Refúgio, pertencente a uma Congregação que São João Eudes havia fundado em 1641, para resgatar mulheres decaídas e proteger meninas e jovens órfãs. A Congregação se chamava Instituto de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio. Em 1835 ela fundou a Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor.